PODOCARPACEAE

Podocarpus acuminatus Laubenf.

Como citar:

Daniel Maurenza de Oliveira; Tainan Messina. 2012. Podocarpus acuminatus (PODOCARPACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

DD

EOO:

0,00 Km2

AOO:

4,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre na Venezuela e Brasil, no estado do Amazonas (Souza, 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira
Revisor: Tainan Messina
Categoria: DD
Justificativa:

<i>P. acuminatus</i> é uma arvoreta com ocorrência no Amazonas, em Unidade de Conservação bastante preservada. Mesmo sendo provável a existência de mais subpopulações naquela região, a espécie possui apenas um registro de 1985, o qual não apresenta informações sobre o tamanho e a estrutura populacional, sendo categorizada em Dados Deficientes.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​A espécie pode ser diferenciada pelas brácteas estéreis extras sobre as estruturas reprodutivas, pelas cristas proeminentes e pelas escamas rudimentares curtas, eretas e cuspidadas (de Laubenfels, 1992).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Amazônia
Fitofisionomia: Floresta nebular entre rochas (de Laubenfels, 1992).
Habitats: 1 Forest
Detalhes: Arvoreta perene, encontrada em florestas nebulares entre rochas. Fértil em agosto e polinizada pelo vento (de Laubenfels, 1992).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.3.3 Clear-cutting
Em 2003, a área de floresta desmatada na Amazônia brasileira alcançou 648,5 x 10³ km2 (16,2% dos 4 x1.000.000 km2 da floresta original da Amazônia Legal, que é de 5 x 1.000.000 km2), incluindo, aproximadamente, 100 x 1.000 km2 de desmatamento antigo (pré-1970) no Pará e no Maranhão. O índice atual (2010 - 2011) de desmatamento aponta uma área de 5.692.207 km². Atualmente, o avanço das plantações de soja na região apresenta-se como a maior ameaça, com seu estímulo para o investimento maciço do governo em infra-estrutura, como hidrovias, ferrovias e rodovias. As estradas para retirada de madeira, especialmente para extração de mogno, precedem e acompanham as rodovias, tornando as fronteiras acessíveis para o investimento dos lucros do comércio da madeira em plantações de soja e fazendas para a criação de gado. A extração da madeira aumenta a inflamabilidade da floresta, levando às queimadas do sub-bosque que colocam em movimento um ciclo vicioso de mortalidade de árvores, aumento da carga de combustível, reentrada do fogo e, por fim, destruição total da floresta. As bases de muitas árvores são queimadas à medida que o fogo se prolonga. As árvores da floresta amazônica não são adaptadas ao fogo e a mortalidade a partir de uma primeira queimada fornece o combustível e a aridez necessários para fazer as queimadas subseqüentes muito mais desastrosas. A temperatura alcançada e a altura das chamas na segunda queimada são, significativamente, maiores que na primeira, matando muitas outras árvores. O impacto do corte de espécies de baixa densidade e comercialmente valiosas é, freqüentemente, subestimado. O processo de corte seletivo resulta em um prejuízo de quase duas vezes o volume de árvores que estão sendo removidas. Devido ao fato de muitas árvores menores serem mortas, o efeito sobre os indivíduos é ainda maior (Fearnside, 2005).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.1 International level on going
A espécie foi categorizada como NT na Lista Vermelha da IUCN 2012.1 (IUCN, 2012).